PRIMEIRA PARTE DO MEU ARTIGO SOBRE O CENTENÁRIO DA MATRIZ DE SENHORA SANT''ANA

1ª Parte do Artigo:

CENTENÁRIO DA IGREJA MATRIZ DE SENHORA SANT ' ANA
“Retrospectiva e memória no desenvolvimento religioso e espiritual”
“06 de janeiro de 1910 à 06 de janeiro de 2010”

Autoria:
Luci Vânia de Santana Matos e Passos

1.Fundação da Matriz

Situada na Praça Barão de Santa Rosa, a Igreja Matriz de Senhora Sant’Ana, teve como benfeitor o comendador Sebastião da Fonseca Andrade, agricultor, político influente , com espírito de grandeza e fé cristã, não mediu esforços para construir tão magnífica obra. Como mérito, recebeu das mãos de Dom José Thomas Gomes da Silva, Bispo de Aracaju, o titulo de Barão de Santa Rosa.
No término do ano de 1909, o então Comendador Sebastião da Fonseca Andrade, deu por concluída a construção da Matriz de Senhora Sant’Ana, no mesmo lugar da antiga capela.
No período em que a Matriz foi erguida , era pároco de Sant’Ana: o Pe. José Marinho Duarte. A missa de inauguração foi celebrada as 11 horas da manhã do dia 06 de janeiro de 1910. Estiveram presente vários sacerdotes, sendo o pregador o Pe. João de Matos da vizinha Freguesia do Coité, cuja homilia emocionava os que estavam presente.
Consagrada e inaugurada solenemente, o então Padre João de Matos, descendente do casal doador: Ana Freire de Carvalho e o comendador Sebastião da Fonseca Andrade, em seu discurso, demonstrou insinuações em relação a mudança do nome da cidade para Anápolis se referindo a belíssima coincidência do nome Ana, mulheres que tiveram iniciativa na construção da Matriz desde a simples capela.

Houve muita polêmica, porém, a vitória coube ao Padre João de Matos Carvalho, que viu o seu desejo realizado pelo contexto da lei que mudou o nome Simão Dias para “Anápolis” em 25 de outubro de 1912. Permanecendo assim, por 32 anos .
É ótimo ter Sant’Ana como Padroeira de Simão Dias por todas as razões: desde a Criação da Capela que recebeu o nome de Ana em louvor a mãe de Maria , como também a contribuição de Ana Francisca de Menezes que dou as terras para a construção da pequena capela e Ana Freire de Carvalho, mulher do Barão construtor da Matriz.
Comemoramos o dia de Sant’Ana, 26 de julho com um lindo novenário de preparação, data festiva realizada todos os anos em nossa cidade esta tradição é mantida através de muitas gerações.



1.1.Nossa excelsa padroeira.

É maravilhosos ter Sant’Ana como nossa excelsa padroeira. Participar da festa comemorada todos os anos no dia 26 de julho, onde o povo, ao longo de mais de cem anos vem demonstrando fé, devoção e muito amor aquela que foi e que é a mãe da mãe do Salvador, avó de Jesus Cristo.
Realmente, não encontramos nos evangelhos nenhuma referencia a mãe da Santíssima Virgem, tomamos por base o proto-evangelho apócrifo atribuído a são Tiago e outros monumentos que revelam algo a respeito de Joaquim e Sant'Ana. A palavra Ana significa criatura cheia de graça e desta graça nasce Maria, a mãe de Jesus, ambos frutos de Sant’Ana, isto justifica as homenagens que fazemos a nossa avó maior.
Em obediência a Igreja, desde o ano de 1378, o papa Urbano VI, permitiu aos católicos o culto público a Sant’Ana, o então papa Gregório XIII por bula de 1º de maio de 1584 instituiu e fixou em 26 de julho o dia dedicado a ela. Versões vistas afirmam que Joaquim e Sant’Ana eram venerados pelos fieis desde os primeiros séculos da igreja, a história também nos mostra que o imperador Justiniano I no ano de 550 construiu em Constantinopla a primeira igreja sobre a invocação e homenagem a Senhora Sant’Ana.
Graças a Deus nossa cidade recebeu o titulo oficial de Excelsa padroeira SENHORA SANT’ANA conferido pela Igreja. “Que, cada mulher de Simão Dias, busque se tornar uma nova Ana " criatura cheia de graça” com as virtudes desta que gerou a mãe do Salvador.

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